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 (IBGE) Texto para as questões 1 a 6: 

  1º - Uma diferença de 3.000 quilômetros e 32 anos de vida separa as margens do abismo entre o Brasil que vive muito, e bem, e o Brasil que vive pouco, e mal. Esses números, levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, e pela Fundação Joaquim Nabuco, de Pernambuco, referem-se a duas cidades situadas em pólos opostos do quadro social brasileiro. Num dos extremos está a cidade de Veranópolis, encravada na Serra Gaúcha. As pessoas que nascem ali têm grandes possibilidades de viver até os 70 anos de idade. Na outra ponta fica Juripiranga, uma pequena cidade do sertão da Paraíba. Lá, chegar à velhice é privilégio de poucos. Segundo o IBGE, quem nasce em Juripiranga tem a menor esperança de vida do país: apenas 38 anos. 

  §2ºA estatística revela o tamanho do abismo entre a cidade serrana e a sertaneja. Na cidade gaúcha, 95% das pessoas são alfabetizadas, todas usam água tratada e comem, em média, 2.800 calorias por dia. Os moradores de Juripiranga não têm a mesma sorte. Só a metade deles recebe água tratada, os analfabetos são 40% da população e, no item alimentação, o consumo médio de calorias por dia não passa de 650. 

  §3ºO Brasil está no meio do trajeto que liga a dramática situação de Juripiranga à vida tranqüila dos veranenses. A média que aparece nas estatísticas internacionais dá conta de que o brasileiro tem uma expectativa de vida de 66 anos. 

  §4ºVeranópolis, como é comum na Serra Gaúcha, é formada por pequenas propriedades rurais em que se planta uva para a fabricação de vinhos. Tem um cenário verdejante. Seus moradores - na maioria descendentes de imigrantes europeus - plantam e criam animais para o consumo da família. Na cidade paraibana, é óbvio, a realidade é bem diferente. Os sertanejos vivem em cenário árido. Juripiranga não tem calçamento e o esgoto corre entre as casas, a céu aberto. Não há hospitais. A economia gira em torno da cana-de-açúcar. Em época de entressafra, a maioria das pessoas fica sem trabalho. 

  §5ºNo censo de 1980, os entrevistadores do IBGE perguntaram às mulheres de Juripiranga quantos de seus filhos nascidos vivos ainda sobreviviam. O índice geral de sobreviventes foi de 55%. Na cidade gaúcha, o resultado foi bem diferente: a sobrevivência é de 93%. 

  §6ºContrastes como esses são comuns no país. A estrada entre o país rico e o miserável está sedimentada por séculos de tradições e culturas econômicas diferentes. Cobrir esse fosso custará muito tempo e trabalho. 

  (Revista Veja - 11/05/94 - pp. 86-7 - com adaptações) 

  1. Os 32 anos referidos no texto como um dos indicadores do abismo existente entre as cidades de Veranópolis e Juripiranga corresponde à diferença entre: 

  a) suas respectivas idades, considerando a época da fundação 

  b) as idades do morador mais velho e do mais jovem de cada cidade 

  c) as médias de idade de seus habitantes 

  d) a expectativa de vida das duas populações 

  e) os índices de sobrevivência dos bebês nascidos vivos. 

  2. Segundo o texto, Veranópolis e Juripiranga encontram-se em pólos opostos. Assinale a única opção cujos elementos não caracterizam uma oposição entre essas duas cidades: 

  a) Norte x Sul d) Verdejante x Árido 

  b) Serra x Sertão e) Plantação x Consumo 

  c) Dramática x Tranqüila 

  3. Analise as afirmações abaixo e assinale V para as que, de acordo com o texto, considerar verdadeiras e F para as falsas: 

  ( ) A cidade paraibana não tem sequer a metade dos privilégios de que goza 

  a cidade gaúcha. 

  ( ) O Brasil, como um todo, encontra-se numa posição intermediária entre as 

  duas cidades. 

  ( ) Apesar de afastadas pelas estatísticas, Veranópolis e Juripiranga se 

  unem pelas tradições culturais. 

  ( ) Embora com resultados diferentes, a base da economia das duas cidades 

  é a agricultura. 

  ( ) De seus ancestrais europeus os sertanejos adquiriram as técnicas rurais. 

  A seqüência correta é: 

  a) V - V - V - F - F d) F - F - V - F - V 

  b) V - V - F - F - F e) F - F - V - V - V 

  c) V - V - F - V - F 

  4. "Cobrir esse fosso custará muito tempo e trabalho." O fosso mencionado no texto diz respeito ao (à): 

  a) abismo entre as duas realidades 

  b) esgoto que corre a céu aberto 

  c) calçamento deficiente das estradas brasileiras 

  d) falta de trabalho durante a entressafra 

  e) distância geográfica entre os dois pólos 

  5. Numa análise geral do texto, podemos classificá-lo como predominantemente: 

  a) descritivo                  d) narrativo 

  b) persuasivo                e) sensacionalista 

  c) informativo 

  6. Em "a cidade de Veranópolis, encravada na Serra Gaúcha"... e "A estrada ... está sedimentada por séculos...", os termos sublinhados alterariam o sentido do texto se fossem substituídos, respectivamente, por: 

  a) cravada e assentada                  d) enfiada e fixada 

  b) fincada e estabilizada                    e) escavada e realçada 

  c) encaixada e firmada 

 

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